Por que a Esfinge de Gizé não tem nariz?

15/03/2021

Autor: Sofia Nardi

Infelizmente, ninguém tem certeza do porquê. Nosso professor, Jota Marcelo, bacharel e licenciado em história pela USP, explica que não há resposta para essa pergunta, mas existem várias teorias. Algumas mais verossímeis e outras já desmentidas por estudos de especialistas.

 

“A teoria mais aceita é a de que, durante o período turco-otomano, no século XIV, um dos imperadores muçulmanos teria destruído o nariz porque ficou irritado com as oferendas que os camponeses traziam para a esfinge, em busca de uma colheita melhor. Ele era monoteísta, e a religião dos camponeses era politeísta, então ele teria causado esse dano por intolerância religiosa”, explica Jota.

 

Mas o professor também deixa claro que, ao longo da história, não existia muito a ideia de conservação e respeito pela memória. Então, a depredação e a destruição eram comuns. Por conta disso, a hipótese de que algum dos povos que dominaram a região realizou essa destruição, é muito provável.

 

Durante muito tempo, o estrago foi creditado às tropas de Napoleão, que invadiram o Egito em 1798. Talvez por conta da fama de louco do imperador francês. Depois, surgiu a versão de que os mamelucos – milícia turco-egípcia que comandava o país – teriam usado a esfinge como alvo enquanto calibravam seus canhões. Um desenho do artista e arquiteto naval Frederick Lewis Norden, que visitou o Egito em 1755 – mais de quatro décadas antes da chegada de Napoleão - mostra a Esfinge de Gizé já sem o nariz.

 

Também ainda não se sabe com certeza quem foi a referência para o famoso monumento. A hipótese mais aceita é que ela represente o deus Ruti, guardião do mundo inferior. Mas a inspiração para o rosto teria sido Quéfren, que ordenou sua construção.

 

 
Se interessa pela cultura egípcia? Muitas obras da cultura pop foram baseadas ou inspiradas no Egito. Dá uma olhada nessas dicas para você se divertir e saber mais:
 

Morte no Nilo - Agatha Christie

 

"Morte no Nilo" é um dos mais célebres romances de Agatha Christie e  um dos mais famosos mistérios protagonizados por Hercule Poirot. A própria autora afirma no prólogo: "é um de meus melhores livros sobre 'viagens internacionais'". Inspirado em uma de suas estadias no Egito, conta a história de Linnet Ridgeway, uma jovem que viaja com seu noivo para um cruzeiro exótico no rio Nilo. Quando um crime é cometido a bordo, o mistério parece insolúvel até que Hercule Poirot, de férias no mesmo navio, intervém de maneira a mudar totalmente o rumo da história.

 


 

 

A Pirâmide Vermelha - Rick Riordan

 

Primeiro volume da série As crônicas dos Kane, o livro leva os leitores a uma aventura pela cultura egípcia. Cheia de aventura e bem humorada, a obra de Rick Riordan, autor da série Percy Jackson e os Olimpianos, traz como protagonistas os irmãos Carter e Sadie Kane. Para salvar o pai desaparecido, os dois embarcam em uma perigosa jornada, na qual descobrem que os deuses do Egito Antigo foram despertados e algo terrível está para acontecer.

 

 

A Múmia (1999) + O Retorno da Múmia (2001)

 

Os filmes foram sucesso de bilheteria na época e são muito divertidos, no estilo Indiana Jones. Arqueólogos descobrem uma tumba na cidade perdida de Hamunaptra. Dentro dela, encontram o corpo de Imhotep, o sacerdote do Faraó Seti, que foi mumificado vivo. Por descuido, Imhotep é trazido de volta a vida; ele ressurge cheio de ódio e só pensa em reencontrar sua amada e destruir todos que cruzem o seu caminho, trazendo consigo as dez pragas do Egito.

 


 

Fontes: Super Interessante, O Livre, Amazon

 

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